Este ano, o jantar de Natal do Grupo de Jovens Marianos foi diferente do habitual, daí que contemos agora tudo o que se passou, no dia 21 de Dezembro.
A actividade (que foi uma surpresa para a maioria dos elementos do grupo) teve início às 17h com missa e bênção por parte do padre Juliano. Os membros dividiram-se posteriormente em equipas para preparar a Missão a que tinham sido desafiados (compras, kits de comida e agasalho, mensagens de Natal…). De seguida jantaram, trocando experiências, e fizeram oração de envio.
Começaram então a visitar pessoas em situação de sem-abrigo no Rossio, descendo até à Praça do Comércio, depois Santa Apolónia e Parque das Nações. Distribuíram os kits e conversaram, tentando ajudar quem precisava. Já era de madrugada quando regressaram à sala do grupo de jovens, dando por terminada a missão.
Partilhamos o testemunho da Ana Isabel, jovem mariana:
Dia 21 de Dezembro, dia de jantar do nosso grupo de jovens, dia em que habitualmente se fazia um convívio entre colegas de grupo e uma pequena troca de prendas. Mas este ano tudo era diferente, tudo só podia ser diferente.
Nesse dia estava previsto chover, ventos um pouco fortes e mesmo assim seguimos nós em missão, em direcção ao que a vida nos tinha reservado, ao encontro de algo que, por momentos, foi assustador só de imaginar, porque todos eramos estreantes neste tipo de acções.
Depois de juntos prepararmos toda aquela missão, fomos à missa e recebemos a bênção do Senhor Padre para que toda a protecção divina estivesse sobre os nossos corações naquele momento. Voltámos para a sala do grupo para terminar tudo o que faltava e de seguida jantámos todos juntos, exprimindo toda a nossa ansiedade pelo que iriamos fazer. Mas uma senhora chamada Helena, a “Tia Lena”, que habitualmente dá a cara por esta missão, acompanhou-nos e durante todo o jantar contou-nos histórias, algumas que nos deixavam apreensivos ou nervosos… vários sentimentos estranhos surgiram enquanto partilhávamos expectativas.
E depois de uma oração de grupo lá fomos nós… Seguimos em missão de levar comida, agasalhos, um pequeno postal feito por nós e até um chazinho quentinho a todos aqueles sem-abrigo que necessitavam da nossa ajuda, pelas ruas de Lisboa.
As primeiras abordagens foram a medo, talvez por não sabermos bem como o iriamos fazer e desconhecermos as reacções, mas tudo surgiu naturalmente.
Começávamos por entregar comida e acabávamos sempre por também conviver com eles, ouvir cada história que tinham para contar; e cada olhar, cada “recepção” foram diferentes e todos eles nos fizeram sentir coisas também diferentes e ficar de coração cheio (pois percebemos que a nossa presença era algo de muito importante para aquelas pessoas)… Cada momento vivido foi único.
E sim, por incrível que pareça, não choveu, não houve ventos fortes e, por momentos nem sentimos frio. Sim, é incrível porque tinha tudo para correr mal, mas Deus estava sempre ali no nosso caminho e tudo tinha de acontecer da forma que tinha de acontecer. E saímos dali com a vontade e planos de lá voltar e já cheios de ideias para o fazer acontecer e regressámos ao nosso ponto de partida (sala do grupo) e lá nos esperava um miminho da coordenação.
E com todas aquelas diferenças, tudo só podia ser diferente.
PS: A menssagem que escrevemos no postalzinho que oferecemos:
“SÃO AS COISAS SIMPLES DA VIDA QUE SÃO AS MAIS IMPORTANTES NO FINAL DO DIA!”