No dia 17 de Fevereiro, a Igreja recorda a morte de Elisabetta Sanna, beatificada pelo Papa Francisco em Setembro de 2016 e muito querida para toda a Família Palotina.
Elisabetta Sanna era deficiente dos braços, na sequência de uma varíola quando tinha apenas 3 meses, razão pela qual aparece sempre representada com pequenos braços cruzados em cima do colo. Não conseguia movimentar os braços, pelo que não conseguia fazer com desenvoltura os gestos mais simples, como alimentar-se, lavar o rosto ou pentear-se, dada a sua deficiência. Podia movimentar apenas os pulsos e os dedos.
Em vez de se lamentar, falava do seu mal como sinal da grande misericórdia de Deus. Sendo a sua família muito devota, teve uma robusta formação cristã e aos 15 anos era já catequista, e dinamizadora de actividades diárias na sua paróquia, tais como o terço ou a via sacra.
Elisabetta queria seguir a vida religiosa, mas a mãe resolveu casá-la, uma vez que considerava que, dada a sua deficiência, não conseguiria governar a sua vida sozinha. Casou aos 19 anos, tendo tido 7 filhos, dos quais 5 sobreviveram. Após o falecimento do marido, consagrou-se inteiramente a Deus através do voto de castidade perpétua.
Um desejo ardente de visitar a Terra Santa conduziu-a, graças a dificuldades e obstáculos inesperados, até à cidade de Roma, onde viveu o resto dos seus dias… e onde conheceu Vicente Pallotti, a quem procurou para seu confessor por causa da sua fama de santidade.
A relação de amizade e entreajuda entre os dois durou todo o resto da vida de Pallotti. O incrível é que Pallotti não conhecia o sardo (única língua que Elisabetta falava); no entanto, entendiam-se bastante bem.
Elisabetta Sanna trabalhou nas obras criadas por Pallotti até à sua morte, a 17 de Fevereiro de 1857, tomando como mote o ideal palotino de “reavivar a fé” e “reacender a caridade”.
A Igreja recordará para sempre a sua generosidade sem limites e a humildade de quem nunca se importou de viver na penúria, dando aos outros o que lhe poderia fazer falta; o seu zelo e fidelidade a Deus e à Igreja; o fervor da sua fé e a sua presença assídua nas celebrações e na adoração ao Santíssimo Sacramento; e a sua espantosa postura perante a doença e a limitação física, que abraçou como dom de Deus.